NAUM |
Nome: Significa Consolação. O profeta Naum viveu na mesma época em que viveram os profetas Habacuque e Sofonias.O livro de Naum é uma poesia sobre a queda de Nínive, a capital da Assíria. Durante cento e cinquenta anos a Assíria havia dominado os países do Oriente Médio, mas no ano 612 a.C. os babilônios conquistaram Nínive. A Assíria havia também dominado o reino do Norte, ou seja, Israel, que tinha capital em Samaria. O profeta vê a queda de Nínive como o castigo que Deus manda sobre um povo perseguidor e cruel.
Esboço:
O julgamento de Deus contra Nínive - cap. 1
A queda de Nínive - caps. 2-3
Capítulos: 3
Palavra chave: Fim
Versículo chave: 1.3
Autor: Naum
Data: 630 a.C.
Mensagens:
1) Acerca dos pecados dos homens que são punidos. Conforme é
indicado, há orgulho, o qual é um pecado diante de Deus;
crueldade, a qual é um pecado diretamente contra o homem;
impenitência , que é a resistência determinada e que deve ser
castigada.
2) Acerca do amor de Deus. É demonstrado na defesa de seu povo e que nos ensina que o seu amor é segurança para uma alma que confia. A sua ira nunca poderá ser entendida exceto à luz de seu amor
Escolha o capítulo que deseja estudar:
Naum 1
1. Oráculo acerca de Nínive. Livro da visão de Naum, o elcosita.
2. O Senhor é um Deus zeloso e vingador; o Senhor é vingador e cheio de
indignação; o Senhor toma vingança contra os seus adversários, e guarda a
ira contra os seus inimigos.
3. O Senhor é tardio em irar-se, e de grande poder, e ao culpado de
maneira alguma terá por inocente; o Senhor tem o seu caminho no turbilhão e na
tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.
4. Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem
Basã e Carmelo, e a flor do Líbano murcha.
5. Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra
fica devastada diante dele, sim, o mundo, e todos os que nele habitam.
6. Quem pode manter-se diante do seu furor? e quem pode subsistir diante
do ardor da sua ira? a sua cólera se derramou como um fogo, e por ele as rochas
são fendidas.
7. O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia; e conhece os que
nele confiam.
8. E com uma inundação transbordante acabará duma vez com o lugar
dela; e até para dentro das trevas perseguirá os seus inimigos.
9. Que é o que projetais vós contra o Senhor? Ele destruirá de vez;
não se levantará por duas vezes a angústia.
10. Pois ainda que eles se entrelacem como os espinhos, e se saturem de
vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como restolho seco.
11. Não saiu de ti um que maquinava o mal contra o Senhor, aconselhando
maldade?
12. Assim diz o Senhor: Por mais intatos que sejam, e por mais numerosos,
assim mesmo serão exterminados e passarão. Ainda que te afligi, não te
afligirei mais.
13. Mas agora quebrarei o seu jugo de sobre ti, e romperei as tuas
cadeias.
14. Contra ti, porém, o Senhor deu ordem que não haja mais linhagem do
teu nome; da casa dos teus deuses exterminarei as imagens de escultura e as de
fundição; farei o teu sepulcro, porque és vil.
15. Eis sobre os montes os pés do que traz boas novas, do que anuncia a
paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos, porque o ímpio
não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado.
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Naum 2
1. O destruidor sobe contra ti. Guarda tu a fortaleza, vigia o caminho,
robustece os lombos, arregimenta bem as tuas forças.
2. Pois o Senhor restaura a excelência de Jacó, qual a excelência de
Israel; porque os saqueadores os despojaram e destruíram os seus sarmentos.
3. Os escudos dos seus valentes estão vermelhos, os homens valorosos
estão vestidos de escarlate; os carros resplandecem como o aço no dia da sua
preparação, e as lanças são brandidas.
4. Os carros andam furiosamente nas ruas; cruzam as praças em todas as
direções; parecem como tochas, e correm como os relâmpagos.
5. Ele se lembra dos seus nobres; eles tropeçam na sua marcha;
apressam-se para chegar ao muro de cidade, arma-se a manta.
6. As portas dos rios abrem-se, e o palácio está em confusão.
7. E está decretado: ela é despida , e levada cativa; e as suas servas
gemem como pombas, batendo em seus peitos.
8. Nínive desde que existe tem sido como um tanque de águas; elas,
porém, fogem agora: parai, parai, clama-se; mas ninguém olhara para trás.
9. Saqueai a prata, saqueai o ouro; pois não ha fim dos tesouros;
abastança há de todas as coisas preciosas.
10. Ela está vazia, esgotada e devastada; derrete-se o coração, tremem
os joelhos, e em todos os lombos há dor; o rosto de todos eles empalidece.
11. Onde está agora o covil dos leões, e a habitação dos leões
novos, onde andavam o leão, e a leoa, e o cachorro do leão, sem haver ninguém
que os espantasse?
12. O leão arrebatava o que bastava para os seus cachorros, e
estrangulava a presa para as suas leoas, e enchia de presas as suas cavernas, e
de rapina os seus covis.
13. Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos exércitos, e queimarei
na fumaça os teus carros, e a espada devorará os teus leões novos; e
exterminarei da terra a tua presa; e não se ouvira mais a voz dos teus
embaixadores.
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Naum 3
1. Ai da cidade ensangüentada! Ela está toda cheia de mentiras e de
rapina! da presa não há fim!
2. Eis o estrépito do açoite, e o estrondo das rodas, os cavalos que
curveteiam e os carros que saltam;
3. o cavaleiro que monta, a espada rutilante, a lança reluzente, a,
multidão de mortos, o montão de cadáveres, e defuntos inumeráveis; tropeçam
nos cadáveres;
4. tudo isso por causa da multidão dos adultérios, da meretriz formosa,
da mestra das feitiçarias, que vende nações por seus deleites, e famílias
pelas suas feitiçarias.
5. Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos exércitos; e levantarei
as tuas fraldas sobre a tua face; e às nações mostrarei a tua nudez, e seus
reinos a tua vergonha.
6. Lançarei sobre ti imundícias e te tratarei com desprezo, e te porei
como espetáculo.
7. E há de ser todos os que te virem fugirão de ti, e dirão: Nínive
esta destruída; quem terá compaixão dela? Donde te buscarei consoladores?
8. És tu melhor do que Tebas, que se sentava à beira do Nilo, cercada
de águas, tendo por baluarte o mar, e as águas por muralha,
9. Etiópia e Egito eram a sua força, que era inesgotável; Pute e
Líbia eram teus aliados.
10. Todavia ela foi levada, foi para o cativeiro; também os seus
pequeninos foram despedaçados nas entradas de todas as ruas, e sobre os seus
nobres lançaram sortes, e todos os seus grandes foram presos em grilhões.
11. Tu também serás embriagada, e ficarás escondida; e buscarás um
refúgio do inimigo.
12. Todas as tuas fortalezas serão como figueiras com figos temporãos;
sendo eles sacudidos, caem na boca do que os há de comer.
13. Eis que as tuas tropas no meio de ti são como mulheres; as portas da
tua terra estão de todo abertas aos teus inimigos; o fogo consome os teus
ferrolhos.
14. Tira água para o tempo do cerco; reforça as tuas fortalezas; entra
no lodo, pisa o barro, pega na forma para os tijolos.
15. O fogo ali te consumirá; a espada te exterminará; ela te devorará
como a locusta. Multiplica-te como a locusta, multiplica-te como o gafanhoto.
16. Multiplicaste os teus negociantes mais do que as estrelas do céu; a
locusta estende as asas e sai voando.
17. Os teus príncipes são como os gafanhotos, e os teus chefes como
enxames de gafanhotos, que se acampam nas sebes nos dias de frio; em subindo o
sol voam, e não se sabe o lugar em que estão.
18. Os teus pastores dormitam, ó rei da Assíria; os teus nobres dormem,
o teu povo está espalhado pelos montes, sem que haja quem o ajunte.
19. Não há cura para a tua ferida; a tua chaga é grave. Todos os que
ouvirem a tua fama baterão as palmas sobre ti; porque, sobre quem não tem
passado continuamente a tua malícia?
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