HABACUQUE |
Nome: O nome Habacuque significa "Abraço". O profeta Habacuque foi contemporâneo de Naum. Pertencia ao povo de Judá e viu os babilônios, após tomarem a Assíria , tornarem-se o império mais poderoso do mundo. O profeta vê o perigo que o seu povo está correndo e não entende como Deus pode tolerar os babilônios, povo mau e cruel. Deus responde que virá o tempo em que os maus serão castigados e aqueles que são fiéis a Deus viverão. O livro termina com uma oração, em forma de salmo, em que Habacuque louva a grandeza de Deus, ao mesmo tempo em que mostra a sua fé nele.
Esboço:
As queixas de Habacuque e as respostas de Deus - caps. 1-2.4
Os babilônios serão castigados - cap. 2.5-20
Oração de louvor a Deus - cap. 3
Capítulos: 3
Palavra chave: Fé
Versículo chave: 1.13
Autor: Habacuque
Data: 606 a.C.
Escolha o capítulo que deseja estudar:
Habacuque
1
1. O oráculo que o profeta Habacuque viu.
2. Até quando Senhor, clamarei eu, e tu não escutarás? ou gritarei a
ti: Violência! e não salvarás?
3. Por que razão me fazes ver a iniqüidade, e a opressão? Pois a
destruição e a violência estão diante de mim; há também contendas, e o
litígio é suscitado.
4. Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta;
porque o ímpio cerca o justo, de sorte que a justiça é pervertida.
5. Vede entre as nações, e olhai; maravilhai-vos e admirai-vos; porque
realizo em vossos dias uma obra, que vós não acreditareis, quando vos for
contada.
6. Pois eis que suscito os caldeus, essa nação feroz e impetuosa, que
marcha sobre a largura da terra para se apoderar de moradas que não são suas.
7. Ela é terrível e espantosa; dela mesma sai o seu juízo e a sua
dignidade.
8. Os seis cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, se mais
ferozes do que os lobos a tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda a
parte; sim, os seus cavaleiros vêm de longe; voam como a águia que se apressa
a devorar.
9. Eles todos vêm com violência; a sua vanguarda irrompe como o vento
oriental; eles ajuntam cativos como areia.
10. Escarnecem dos reis, e dos príncipes fazem zombaria; eles se riem de
todas as fortalezas; porque, amontoando terra, as tomam.
11. Então passam impetuosamente, como um vento, e seguem, mas eles são
culpados, esses cujo próprio poder e o seu deus.
12. Não és tu desde a eternidade, ó Senhor meu Deus, meu santo? Nós
não morreremos. Ó Senhor, para juízo puseste este povo; e tu, ó Rocha, o
estabeleceste para correção.
13. Tu que és tão puro de olhos que não podes ver o mal, e que não
podes contemplar a perversidade, por que olhas pára os que procedem
aleivosamente, e te calas enquanto o ímpio devora aquele que e mais justo do
que ele.
14. E farias os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não
têm quem os governe,
15. Ele a todos levanta com o anzol, apanha-os com a sua rede; e os
ajunta na sua rede varredoura; por isso ele se alegra e se regozija.
16. Por isso sacrifica à sua rede, e queima incenso à sua varredoura;
porque por elas enriquece a sua porção, e abundante a sua comida.
17. Porventura por isso continuara esvaziando a sua rede e matando sem
piedade os povos?
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Habacuque 2
1. Sobre a minha torre de vigia me colocarei e sobre a fortaleza me
apresentarei e vigiarei, para ver o que me dirá, e o que eu responderei no
tocante, a minha queixa.
2. Então o Senhor me respondeu , e disse: Escreve a visão e torna-se
bem legível sobre tábuas, para que a possa ler quem passa correndo.
3. Pois a visão é ainda para o tempo determinado, e até o fim falará,
e não mentirá. Ainda que se demore, espera-o; porque certamente virá, não
tardará.
4. Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo pela sua fé
viverá.
5. Além disso, o vinho é traidor; o homem soberbo não permanece. Ele
alarga como o Seol o seu desejo; como a morte, nunca se pode fartar, mas ajunta
a si todas as nações, e congrega a si todos os povos.
6. Não levantarão, pois, todos estes contra ele um provérbio e um dito
zombador? E dirão: Ai daquele que acumula o que não é seu! (até quando?) e
daquele que se carrega a si mesmo de penhores!
7. Não se levantarão de repente os teus credores? e não despertarão
os que te farão tremer? Então lhes servirás tu de despojo.
8. Visto como despojaste muitas nações, os demais povos te despojarão
a ti, por causa do sangue dos homens, e da violência para com á terra, a
cidade, e todos os que nela habitam.
9. Ai daquele que adquire para a sua casa lucros criminosos, para pôr o
seu ninho no alto, a fim de se livrar das garras da calamidade!
10. Vergonha maquinaste para a tua casa; destruindo tu a muitos povos,
pecaste contra a tua alma.
11. pois a pedra clamará da parede, e a trave lhe responderá do
madeiramento.
l2 Ai daquele que edifica a cidade com sangue, e que funda a cidade com
iniqüidade!
13. Acaso não procede do Senhor dos exércitos que os povos trabalhem
para o fogo e as nações se cansem em vão?
14. Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como
as águas cobrem o mar.
15. Ai daquele que da de beber ao seu próximo, adicionando à bebida o
seu furor, e que o embebeda para ver a sua nudez!
16. Serás farto de ignomínia em lugar de honra; bebe tu também, e sê
como um incurcunciso; o cálice da mão direita do Senhor se chegará a ti, e
ignomínia cairá sobre a tua glória.
17. Pois a violência cometida contra o Líbano te cobrirá, e bem assim
a destruição das feras te amedrontará por causa do sangue dos homens, e da
violência para com a terra, a cidade e todos os que nele habitam.
l8 Que aproveita a imagem esculpida, tendo-a esculpido o seu artífice? a imagem
de fundição, que ensina a mentira? Pois o artífice confia na sua própria
obra, quando forma ídolos mudos.
19. Ai daquele que diz ao pau: Acorda; e à pedra muda: Desperta! Pode
isso ensinar? Eis que está coberto de ouro e de prata, e dentro dele não há
espírito algum.
20. Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a
terra; cale-se diante dele toda a terra.
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Habacuque 3
1. Oração do profeta Habacuque, à moda de sigionote.
2. Eu ouvi, Senhor, a tua fama, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no
meio dos anos; faze que ela seja conhecida no meio dos anos; na ira lembra-te da
misericórdia.
3. Deus veio de Temã, e do monte Parã o Santo. Selá. A sua glória
cobriu os céus, e a terra encheu-se do seu louvor.
4. E o seu resplendor é como a luz, da sua mão saem raios brilhantes, e
ali está o esconderijo da sua força.
5. Adiante dele vai a peste, e por detrás a praga ardente.
6. Pára, e mede a terra; olha, e sacode as nações; e os montes
perpétuos se espalham, os outeiros eternos se abatem; assim é o seu andar
desde a eternidade.
7. Vejo as tendas de Cusã em aflição; tremem as cortinas da terra de
Midiã.
8. Acaso é contra os rios que o Senhor está irado? E contra os ribeiros
a tua ira, ou contra o mar o teu furor, visto que andas montado nos teus
cavalos, nos teus carros de vitória?
9. Descoberto de todo está o teu arco; a tua aljava está cheia de
flechas. (Selá) Tu fendes a terra com rios.
10. Os montes te vêem, e se contorcem; inundação das águas passa; o
abismo faz ouvir a sua voz, e levanta bem alto as suas mãos.
11. O sol e a lua param nas suas moradas, ante o lampejo das tuas flechas
volantes, e ao brilho intenso da tua lança fulgurante.
12. com indignação marchas pela terra, com ira trilhas as nações.
13. Tu sais para o socorro do teu povo, para salvamento dos teus ungidos.
Tu despedaças a cabeça da casa do ímpio, descobrindo-lhe de todo os
fundamentos. (selá)
14. Traspassas a cabeça dos seus guerreiros com as suas próprias
lanças; eles me acometem como turbilhão para me espalharem; alegram-se, como
se estivessem para devorar o pobre em segredo.
15. Tu com os teus cavalos marchas pelo mar, pelo montão de grandes
águas.
16. Ouvindo-o eu, o meu ventre se comove, ao seu ruído tremem os meus
lábios; entra a podridão nos meus ossos, vacilam os meus passos; em silêncio,
pois, aguardarei o dia da angústia que há de vir sobre o povo
17. Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda
que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que
o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado.
18. todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha
salvação.
19. O Senhor Deus é minha força, ele fará os meus pés como os da
corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos. (Ao regente de música.
Para instrumentos de cordas.)
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